domingo, 19 de julho de 2009

Estou de volta... Para trás ficaram as ruas da Gràcia, as comidas nos pátios do Hospital, o ver Tibidabo ao longe, as idas aos kebabs, as festas com as italianas e com os alemães, o BeCool e a ESN, a sensação de plenitude...
Senti vontade de vir aqui escrever algo que acho que vale a pena transmitir. A ideia de fazer Erasmus surgiu há cerca de 8 anos atrás quando meu irmão saiu de casa e só voltou 6 meses depois com histórias para contar, uma lista de paises que visitou e outras tantas coisas que na altura não poderia imaginar... Nestes 8 anos que se seguiram fui ouvindo e lendo sobre muitas coisas, e no ano passado vocês foram-me contando mais frequentemente o que é isso de passar um ano noutra cidade.
Pois bem tenham as expectativas que tiverem, oiçam as historias que ouvirem, a vossa experiência não será igual à dos outros como não foi a minha igual à vossa. Claro que as trivialidades normais e inerentes a este tipo de experiências se repetem, mas aquilo que realmente pensamos e sentimos sobre tudo é só nosso e só se constroi com o que já éramos antes. Ideias como meses de festa em discotecas e relações efemeras limita imenso a ideia do que é o Erasmus e tenho pena que ao voltar ainda muita gente associe esta experiência a algo por vezes fútil e superficial... No fundo o que quero deixar aqui escrito é que Erasmus é um resultado daquilo que estamos dispostos a dar de nós e acaba por ser o que mais tem a ver connosco e com aquilo que buscamos da vida. Assim, e porque somos todos diferentes, Erasmus acaba por ser uma reflexão de nós próprios e uma forma de auto-conhecimento se estivermos dispostos a isso... É um ano em que poderemos arriscar mais, experimentar e testar a nossa capacidade de adaptação às diferentes situações, mas também podemos encontrar um equílibrio e viver calmamente se no fundo for esse o estilo de vida que mais gostamos... O que acaba por ser importante no fim de tudo é a pessoa que nos tornámos depois daquilo que o Erasmus nos deu..!